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Arranca o julgamento de Christian Bruckner, responde por cinco crimes sexuais em Portugal

Christian Bruckner é o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, mas nunca foi acusado, nem é isso que está em julgamento. O alemão responde por cinco crimes sexuais ocorridos em Portugal: três violações e dois casos de ofensas sexuais.

Emanuel Nunes

O julgamento de Christian Bruckner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, arrancou esta sexta-feira, na Alemanha. Responde por vários crimes sexuais ocorridos em Portugal.

É caso para dizer que à segunda é de vez. Esta sexta-feira, repetiu-se o arranque do julgamento de Christian Bruckner.

Foi finalmente lida a acusação e a defesa respondeu.

"Na nossa opinião, o problema centrar deste caso de investigação é que o cas de investigação Maddie McCann e este processo não podem ser separados. Pensamos que houve uma única investigação e que o Ministério Público compilou depois os processos de forma seletiva", afirma Friedrich Fülscher, advogado de defesa.

O alemão é o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, mas nunca foi acusado, nem é isso que está em julgamento.

Christian Bruckner responde pela alegada prática de cinco crimes sexuais em Portugal: três violações e dois casos de ofensas sexuais. Um deles foi na Praia da Rocha, em 2004, onde Bruckner terá violado uma mulher irlandesa.

Já em São Bartolomeu de Messines, Bruckner ter-se-á exibido em frente a uma menina num parque infantil.

"Estávamos sentados à mesa a conviver e, entretanto, duas meninas aproximaram-se da nossa mesa e disseram-nos 'está ali um homem a mostrar a pilinha'", conta Nélia Brás, mãe da vítima.

Foi na sequência deste caso que Christian Bruckner foi detido e extraditado para a Alemanha.

O julgamento devia ter arrancado na semana passada. Mas a defesa apresentou um pedido de recusa de juiz e a primeira sessão foi adiada para esta sexta-feira. Em causa está uma publicação de uma das magistradas que, em 2019, apelou à morte do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A juíza em questão já foi substituída. O julgamento só deverá terminar em junho.

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