A investigação sobre a morte de Alexei Navalny está “em curso” e não permitiu chegar a quaisquer conclusões “de momento”, disse hoje o Kremlin. Os familiares do opositor russo acusam o regime de Putin de ser responsável pela morte e exigem a entrega dos seus restos mortais e os países ocidentais juntam-se à acusação.
O Kremlin considera “inaceitável” a reação do Ocidente à morte de Alexei Navalny mas garante que as declarações desagradáveis dos Estados Unidos e da Europa não vão prejudicar o Presidente Vladimir Putin.
"Consideramos absolutamente inaceitáveis tais declarações tão francamente desagradáveis", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
"Essas declarações, claro, não causam causar nenhum dano ao nosso chefe de Estado", disse Peskov.
Peskov disse que a investigação sobre a morte de Navalny está em andamento e a ser conduzida de acordo com a lei russa.
Questionado sobre como Putin reagiu à notícia da morte do seu opositor, Peskov disse: “Não tenho nada a acrescentar”.
Alexei Navalny, de 47 anos, morreu, esta sexta-feira, numa prisão do Ártico para onde tinha sido transferido em dezembro para cumprir uma pena de 19 anos sob "regime especial", segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.
Ter-se-á sentido mal depois de uma caminhada, entrou em paragem cardiorrespiratória e os médicos da prisão e os dos serviços de socorro que acorreram à prisão não conseguiram reanimá-lo, indicou a direção do estabelecimento.