Dezenas de familiares de reféns do Hamas acamparam à porta da casa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para exigir que sejam libertados
Acusam o Governo de Israel de atrasar o acordo e dizem que a libertação está nas mãos de Benjamin Netanyahu.
Os protestos ficaram marcados por confrontos com a polícia.
Manifestante em greve de fome
Um dos manifestantes está em greve de fome. O filho foi sequestrado pelo Hamas a 7 de outubro.
"Não estou a comer porque o meu filho também não está a comer. Quero sentir o que o meu filho está a sentir", conta.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 7 de outubro.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.
Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas cerca de 25.000 pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes - e feridas mais de 60.000, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.