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Luso-israelita viu assassinato da mulher e foi raptado pelo Hamas, SIC falou com o irmão

Or e a mulher chegaram às 06:00 à festa da natureza no Kibutz Reim. Dez minutos depois, começaram a cair rockets e paraquedistas do Hamas. A festa transformou-se num inferno. Or viu a mulher ser assassinada antes de ser sequestrado.

Henrique Cymerman

Felipe Wolokita

A organização de familiares de reféns israelitas diz que há ainda 136 pessoas nas mãos do Hamas em Gaza. Henrique Cymermam, correspondente da SIC no Médio Oriente, falou com o irmão de um refém luso-israelita.

Para Michael Levy, o relógio parou no dia 7 de outubro. O diretor de uma grande empresa de tecnologia israelita confessa que desde que o seu irmão mais jovem, Or, foi sequestrado pelo Hamas, ele só trabalha numa coisa: em conseguir a sua libertação.

"É o trabalho mais duro e doloroso que já tive. Mas é também o trabalho mais importante que vou ter durante toda a minha vida", conta.

Dos 136 reféns nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza, a maioria estará em túneis. Estão há mais de 100 dias nos túneis do Hamas. Entre eles, há cinco que têm nacionalidade portuguesa, um deles é Or Levy, de 33 anos.

Or e a sua mulher, Einav, chegaram às 06:00 do dia 7 de outubro à festa da natureza no Kibutz Reim, onde 4 mil jovens celebravam a vida. Dez minutos depois da chegada do casal, começaram a cair rockets e paraquedistas do Hamas. A festa transformou-se num inferno.

Or viu a mulher ser assassinada antes de ser sequestrado. O filho do casal, Almog, de dois anos, não para de chorar.

O Hamas publicou nos últimos dias vídeos de reféns e anuncia a morte de alguns deles. Entre eles o luso-israelita Yossi Sharabi.

Em Israel, pensa-se que há várias dezenas de reféns que já estão mortos. Michael súplica à comunidade internacional que faça tudo para conseguir o retorno do seu irmão. Segundo ele, Almog, que sabe que a mãe não vai voltar, precisa do pai ao seu lado.

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