Duas mães são mortas, a cada hora, na Faixa de Gaza.
Os dados são de um relatório da ONU Mulheres, que revela que 70% dos mortos, desde 7 de outubro, dia do primeiro ataque do Hamas, são mulheres e crianças.
A fome também incide particularmente nas mulheres, que cedem a alimentação a outros membros da família.
O estudo mostra ainda que 10 mil crianças podem ter perdido os pais.
As Nações Unidas reiteram a preocupação com os relatos de violência sexual e apela à responsabilização, justiça e apoio a todas as vítimas.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 7 de outubro.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.
Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas cerca de 25.000 pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes - e feridas mais de 60.000, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.