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Ataque no centro de Israel provoca vários feridos

Dois palestinianos foram detidos pela polícia israelita na sequência de um atropelamento e esfaqueamento em Ra'anana, no centro de Israel.

Oded Balilty

SIC Notícias

Pelo menos uma pessoa morreu e 17 ficaram feridas num ataque na cidade israelita de Ra'anana, no centro do país. A vítima mortal é uma mulher de 70 anos. A polícia confirma ainda a detenção de dois palestinianos.

"A mulher, que chegou em estado crítico depois de ter sido atropelada, morreu devido aos ferimentos, apesar dos nossos esforços para a reanimar", informou o Hospital Meir, num comunicado, que também deu conta de dois feridos em estado grave.

Segundo os media locais, entre os feridos há quatro crianças, mas desconhece-se, para já, a gravidade.

De acordo com o chefe da polícia israelita, Kobi Shabtai, os dois detidos são familiares e são suspeitos de terem roubado um carro antes de atropelarem transeuntes em vários locais deste subúrbio de Telavive.

Inicialmente o balanço de vítimas apontava para 11, mas tem vindo a ser revisto em alta. De acordo com o último balanço, o ataque provocou 17 feridos e um morto.

Ataque pode significar viragem na posição palestiniana na Cisjordânia

O correspondente da SIC, Henrique Cymerman, explica que este ataque pode significar uma viragem na posição dos palestinianos da Cisjordânia em relação à guerra entre Israel e o Hamas.

A tensão em Israel e nos territórios palestinianos aumentou desde o ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas a 7 de outubro, que provocou cerca 1.140 mortos no sul de Israel e fez mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza mais de 24 mil mortos e mais de 59 mil feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

O Hamas - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza - é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.

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