Israel está a preparar para este ano "um orçamento de guerra" face ao aumento das despesas com as necessidades bélicas devido ao conflito com o Hamas na Faixa de Gaza e à escalada na região, anunciou este domingo o primeiro-ministro.
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, refere que Benjamin Netanyahu reafirmou que a ofensiva para desmantelar o grupo islamita Hamas "ainda vai demorar muitos meses", razão pela qual foi este domingo apresentado ao Conselho de Ministros aquilo a que chamou "um orçamento de guerra".
No comunicado, divulgado antes da reunião do Conselho de Ministros para votar uma alteração ao plano orçamental, o primeiro-ministro israelita referiu que, "embora este orçamento seja um orçamento anual", é também "para um ano em que se está em guerra".
"Isto obriga-nos a incorrer em despesas de segurança muito mais elevadas do que as previstas", sustentou, avançando que o objetivo é dar a Israel os recursos necessários para continuar a travar o conflito até à "eliminação do Hamas" e ao "regresso dos reféns" que ainda se encontram na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelita indicou também que este reforço visa "o restabelecimento da segurança no norte e sul" de Israel, para que as dezenas de milhares de habitantes retirados destas zonas devido à escalada da violência regional "possam regressar às suas casas".
Cortes em ministérios para aumentar despesas de guerra
Benjamin Netanyahu afirmou que, para aumentar as despesas de guerra, vai haver cortes em vários ministérios, mas não explicou o montante do aumento das despesas de segurança e de guerra, nem o aumento do défice.
A guerra de 100 dias de Israel contra o Hamas causou cerca de 24.000 mortos em Gaza, ao mesmo tempo que o país enfrenta diariamente o fogo cruzado das milícias palestinianas e do Hezbollah na sua fronteira com o Líbano.
O governador do Banco de Israel, Amir Yaron, instou recentemente Netanyahu a manter a disciplina orçamental antes da revisão do orçamento de 2024.