O braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas anunciou este domingo a morte de quatro dirigentes militares na Faixa de Gaza, incluindo o comandante da brigada do Norte de Gaza, Ahmad Al Ghandour, durante a ofensiva israelita no território palestiniano.
"Al Ghandour (Abu Anas) é membro do conselho militar e comandante da Brigada do Norte", indicou a Brigada Al Qassam em comunicado publicado no Telegram.
Ahmed al-Ghandour também era membro do Conselho Militar do Hamas e foi considerado um "terrorista" pelas autoridades norte-americanas.
O Hamas, contudo, não precisa onde al-Ghandour foi morto e em que circunstâncias.
Al-Ghandou era um membro de alto nível do braço armado do grupo e o principal comandante do Hamas no norte de Gaza e é o general mais importante do grupo que se sabe ter sido morto na guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
Al-Ghandour sobreviveu a pelo menos três tentativas israelitas para o matar, que remontam a 2002, segundo o Counter Extremism Project, um grupo de defesa com sede em Washington.
O tenso cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece estar de volta hoje de manhã após a libertação de um segundo grupo de reféns detido pelos militantes e de palestinianos das prisões israelitas, mas a troca seguiu-se a um atraso de horas que sublinhou a fragilidade da trégua.
A troca foi adiada no sábado à noite, depois de o Hamas ter acusado Israel de violar o acordo, que constituiu a primeira pausa significativa em sete semanas de guerra, marcada pela violência israelo-palestiniana mais mortífera das últimas décadas, por uma vasta destruição e deslocações na Faixa de Gaza e por uma crise de reféns que abalou Israel.
O acordo parecia estar em risco de se desfazer até que o Qatar e o Egito, que medeiam com o Hamas, anunciarem no sábado que os obstáculos à troca tinham sido ultrapassados. Os militantes libertaram 17 reféns, incluindo 13 israelitas, enquanto Israel libertou 39 prisioneiros palestinianos.