De visita a Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu que o conflito só se resolve pela via diplomática. Na resposta, o homólogo Israelita garante que depois da trégua, a guerra será retomada até eliminar o Hamas.
João Gomes Cravinho Chegou a Israel precisamente no dia em que começou a trégua que permitirá a libertação de pelo menos 50 reféns do Hamas. O ministro não diz quantos reféns têm nacionalidade portuguesa, mas adianta que são vários.
"Estamos a interceder também junto da Cruz Vermelha e vamos trabalhar com autoridades de outros países que possam ter alguma influência para que sejam libertados estes reféns cidadãos portugueses".
A promessa de empenho deixada também a familiares de reféns com quem esteve reunido em Telavive. Antes passou por um dos kibbutz massacrados pelo Hamas e onde 58 morreram.
Portugal condena o ataque de 7 de outubro e está solidário com o povo israelita, mas Cravinho aponta também o dedo ao elevado número de vítimas civis em Gaza.
Na semana passada, uma mãe e duas crianças portuguesas morreram num bombardeamento israelita. Portugal é um dos países a defender o cessar-fogo, recado dado de forma diplomática ao homólogo Eli Cohen.
“É muito importante passar do militar para o diplomático, da violência para a paz e criar uma dinâmica que nos permita construir uma paz sustentável para o futuro com uma solução de dois Estados”
Na resposta, também diplomática, e para as câmaras, Eli Cohen mostra pouca abertura aos apelos.
"Israel vai continuar a guerra até que sejam até que sejam eliminados todos os terroristas do Hamas".
João Gomes Cravinho viaja acompanhado da chefe da diplomacia da Eslovénia. Depois de Israel, viajaram para a Cisjordânia. Este sábado está prevista a ida ao Egito e à Jordânia.