Germano Almeida, comentador da SIC, antecipa um discurso do líder do Hezbollah "inflamado" e com o objetivo de "explorar a diabolização de Israel". Alerta ainda que o grupo Wagner "prepara-se" para apoiar o Hamas e o Hezbollah.
O comentador da SIC espera que o grupo não decrete guerra direta a Israel, no discurso desta sexta-feira, que prevê que seja "inflamado" e que explore a "diabolização de Israel".
"O Hezbollah tem uma dimensão militar muito maior que o Hamas, com 10 vezes mais capacidade de rockets e pelo menos quatro vezes mais homens no exército", explica.
Germano Almeida esclarece que é uma organização militar xiita "mais próxima do Irão do que propriamente o Hamas". Tem um poder dentro do Estado libanês "maior do que o que devia ter", considera.
"Sendo uma organização militar, tem uma presença no Governo libanês e uma autonomia em relação ao que possa fazer", acrescenta.
Na SIC Notícias manhã, alerta que o Grupo Wagner está "a preparar-se" para apoiar o Hamas e o Hezbollah.
"Está na Síria, com sistemas antiaéreos e material que possa ajudar, caso o Hezbollah entre na guerra", diz.
Sobre o apoio dos Estados Unidos a Israel, considera que "não vai mudar", no entanto admite que há uma "fratura" na forma como a administração Biden e Benjamin Netanyahu "entendem o modo de conduzir a operação" contra o Hamas.
"Está a haver pressão norte-americana de dizer a Israel que tem de reduzir número de vítimas civis e aceitar as pausas humanitárias que forem precisas", afirma.