Uma praça em Israel já foi batizada como a praça dos reféns, uma vez que no local se reúnem famílias dos 240 reféns israelitas que ainda estão em Gaza. Adina, de 72 anos, e o seu marido, Saide, de 75, receberam uma chamada de uma vizinha que dizia ‘a vossa vizinha está a ser assinada e estou a ver isso no Facebook’.
O casal saiu à rua, onde viram terroristas a disparar em todos os sentidos. Acabaram por fechar-se no seu refúgio, conseguindo lá manter-se por duas horas e meia. Os terroristas conseguiram lá chegar, mataram Said e levaram Adina, sem óculos, de pijama e de chinelos, para Gaza, onde as suas filhas pensam que está até este momento.
Yael, filha de Adina, conta que os terroristas do Hamas levaram a mãe numa moto até Gaza, deixando um rasto de destruição para trás.
“No vídeo, pode ver que há um terrorista a frente dela e um terrorista atrás dela. Ela tem que se segurar a cintura do assassino do meu pai para não cair da moto. Todos ao redor estão a gritar com felicidade”, relatou à SIC.
Adina Galante é descendente de judeus sefarditas da Península Ibérica, expulsos no fim do século XV. Recentemente, recebeu o passaporte português e visita Portugal regularmente.
"Ela ama tanto o povo português. Ela disse-me: "Que pessoas fantásticas e amáveis!" Sempre que voltava de lá, falava de Portugal com um sentimento de lar.", revelou a outra filha, Maia.
Por isso, Yael lançou um apelo ao povo português:
"Tudo o que nos resta fazer é pedir ao povo português que tente ajudar-nos a recuperar a minha mãe. Ela é uma cidadã portuguesa. Para que ela possa voltar para casa, só isso."