Ao 11.º dia do conflito Israel - Hamas foi anunciada a visita do Presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel. Os EUA a par da Rússia, Egito, Qatar, Arábia Saudita e Turquia são, na opinião de Germano Almeida, seis possíveis mediadores de um conflito sangrento, para já, sem fim à vista. Mas fará a visita de Biden diferença?
“Joe Biden pode ajudar muito neste carrossel diplomático, em que cada [um dos seis países] têm diferentes objetivos nesta possível intermediação", mas, salienta o comentador da SIC, “os EUA têm tido um papel fundamental”.
E o que fará o Presidente norte-americano? Segundo Germano Almeida fará “duas coisas”. Irá reiterar o “apoio total a Israel no reconhecimento do seu direito de defesa mas com um reverso dessa ajuda, com a responsabilização de Israel fazer isso com o mínimo de baixas possível e respeitando o direito internacional humanitário”.
Além disso, Biden vai encontrar-se na Jordânia com o rei Abdullah II, com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e com o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, para “mostrar que os EUA têm também um poder de exercer influência em quem tem a capacidade de decidir relativamente ao movimento dos refugiados e à questão humanitária entre a Faixa de Gaza e a porta de Rafah”.
Mais. “[Os] EUA querem mostrar que isto é uma guerra ao Hamas e não ao povo palestiniano e muito menos à Autoridade Palestiniana”, conclui o comentador SIC.
Saliente-se que desde 7 de outubro morreram três mil palestinianos e mais de 1.500 israelitas. Em apenas nove dias já morreu quase o triplo de pessoas que morreram na última guerra em 2014 e que durou 50 dias.