Milhares de reservistas regressaram a Israel nas últimas horas. Os dados oficiais dizem que foram mobilizados pelos menos 300 mil. São israelitas que estão espalhados por várias partes do mundo, mas há também muitos jovens que regressam de forma voluntária. Quase todos sublinham a necessidade de lutar pelo país e de proteger as famílias. O ministro da Defesa israelita avisou que esta iminente uma invasão a Gaza, onde se colocam duas hipótese para a entrada das forças de Telavive, como explica Germano Almeida.
Primeiro cenário
“Tudo aponta para que essa operação comece com os as tropas realistas a entrarem pelo Norte de Gaza. Isso é o mais óbvio, até porque é ali que estão situadas, entre o Sul de Israel e o Norte da Faixa de Gaza”, refere o comentador da SIC, que sublinha os riscos deste “cenário mais provável”.
“Se as tropas entrarem por aí, o risco de um número muito grande de civis serem mortos é muito grande. Eu diria que há em termos de cenários para esta opção 1 o facto de grande parte dos líderes do Hamas estarem ali, mas por outro lado tem o problema de terem de terem muitos civis ali, portanto, haver um risco de um grande número de mortes”.
Outra dificuldade acrescida para este cenário são os túneis construídos pelo Hamas e onde até se que acredita que haja muitas pessoas inocentes, “e também a questão dos reféns, naturalmente, sendo que o Hamas refere que desses 150, 13 terão sido já mortos pelos bombardeamentos israelitas, alguns cidadãos estrangeiros, segundo informações do Hamas”.
Segundo cenário
Para Germano Almeida, há uma dimensão de surpresa que é preciso encontrar e aí surge um segundo cenário possível para a entrada das forças israelitas em Gaza que poderia jogar a favor de Telavive.
O cenário 2 de uma ofensiva "aponta para uma entrada menos provável, mas com mais vantagens para Israel". “É ligeiramente a Sul dessa dessa parte Norte de Gaza, portanto a Sul cidade de Gaza”.
“Essa parte a Sul com menos densidade populacional, menos pessoas, mais agrícola, mas com uma maior dificuldade também da passagem de tanques e blindados num cenário de operação terrestre”.
“Diria que é um cenário menos óbvio, mas eu volto a insistir nisto, o fator surpresa há uma semana foi fundamental para perceber como Israel foi apanhado desprevenido e a eficácia do Hamas. Israel certamente vai tentar algum fator surpresa”, observa Germano Almeida.