Depois de séculos de perseguição religiosa, que culminaram no extermínio de seis milhões de judeus às mãos da Alemanha Nazi durante a II Guerra, a 14 de Maio de 1948 era assinada a declaração da Independência do Estado de Israel.
Israel nascia um ano depois das Nações Unidas terem decidido a divisão da Palestina, então administrada por forças britânicas, entre um estado árabe e um estado judaico. Uma resolução rejeitada pelo mundo árabe.
A declaração de independência precipitou uma guerra com os países árabes vizinhos e deu início ao êxodo de 700 mil palestinianos. A esmagadora maioria nunca regressaria a casa. Os campos de refugiados erguidos provisoriamente tornaram-se definitivos.
As fronteiras do território controlado pelo estado de Israel foram mudando ao longo das últimas sete décadas. O principal alargamento aconteceu em 1967 depois da Guerra dos Seis Dias, quando Israel esmagou as forças egípcias e sírias e passou a controlar a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém, além de territórios na Síria e no Egipto.
É de 1967 a resolução das Nações Unidas que exige a retirada de Israel dos territórios ocupados depois da guerra.
A guerra do Yom Kippur em 1973, que começou com um ataque surpresa de forças árabes, terminaria com acordos de cessar fogo assinados com a Síria e com o Egipto, com quem Israel assinaria um acordo de paz seis anos depois.
O Egito reconheceu formalmente o Estado de Israel, mas o caminho diplomático para a criação de um estado palestiniano mantém-se inacabado. Nas últimas décadas construíram-se mais muros do que pontes e a causa palestiniana ficou mais perdida.
Na Faixa de Gaza, mais de 2, 2 milhões de palestinianos vivem confinados entre as fronteiras de Israel e do Egipto, sem a possibilidade de circular livremente.
É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, onde cerca de metade da população vive abaixo da linha de pobreza e 40% têm menos de 14 anos.