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O conflito Israelo-Árabe explicado em 2:57 minutos

Setenta e cinco anos depois da criação do estado de Israel e milhares de mortos depois, a paz entre israelitas e palestinianos parece um projeto impossível de concretizar. Nas últimas décadas, todos os processos de paz acabaram por fracassar.

Sofia Arêde

Depois de séculos de perseguição religiosa, que culminaram no extermínio de seis milhões de judeus às mãos da Alemanha Nazi durante a II Guerra, a 14 de Maio de 1948 era assinada a declaração da Independência do Estado de Israel.

Israel nascia um ano depois das Nações Unidas terem decidido a divisão da Palestina, então administrada por forças britânicas, entre um estado árabe e um estado judaico. Uma resolução rejeitada pelo mundo árabe.

A declaração de independência precipitou uma guerra com os países árabes vizinhos e deu início ao êxodo de 700 mil palestinianos. A esmagadora maioria nunca regressaria a casa. Os campos de refugiados erguidos provisoriamente tornaram-se definitivos.

As fronteiras do território controlado pelo estado de Israel foram mudando ao longo das últimas sete décadas. O principal alargamento aconteceu em 1967 depois da Guerra dos Seis Dias, quando Israel esmagou as forças egípcias e sírias e passou a controlar a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém, além de territórios na Síria e no Egipto.

É de 1967 a resolução das Nações Unidas que exige a retirada de Israel dos territórios ocupados depois da guerra.

A guerra do Yom Kippur em 1973, que começou com um ataque surpresa de forças árabes, terminaria com acordos de cessar fogo assinados com a Síria e com o Egipto, com quem Israel assinaria um acordo de paz seis anos depois.

O Egito reconheceu formalmente o Estado de Israel, mas o caminho diplomático para a criação de um estado palestiniano mantém-se inacabado. Nas últimas décadas construíram-se mais muros do que pontes e a causa palestiniana ficou mais perdida.

Na Faixa de Gaza, mais de 2, 2 milhões de palestinianos vivem confinados entre as fronteiras de Israel e do Egipto, sem a possibilidade de circular livremente.

É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, onde cerca de metade da população vive abaixo da linha de pobreza e 40% têm menos de 14 anos.

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