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Ofensiva israelita em Gaza: "Estamos na iminência de uma calamidade humanitária"

Ricardo Alexandre, comentador da SIC e editor de Internacional da TSF, analisa os últimos desenvolvimentos do conflito no Médio Oriente.

SIC Notícias

O exército de Israel ordenou a retirada de civis no Norte de Gaza, dando sinais de que a qualquer momento poderá começar a ofensiva terrestre na região. Por todo o mundo, a comunidade israelita está em alerta depois do Hamas ter convocado para esta sexta-feira o "Dia da Raiva". Há receio de ataques contra alvos israelitas e judeus em diferentes países. Estes são os temas em análise por Ricardo Alexandre, comentador da SIC e editor de Internacional da TSF.

Sobre os avisos de Israel para a evacuação de Gaza, Ricardo Alexandre considera que "estamos na iminência de um de um ataque em larga escala, mas estamos numa eminência ainda mais próxima de uma de uma calamidade humanitária".

"A ordem israelita já foi corrigida. Os israelitas não pretendem a retirada de toda a população a Norte para o Sul da Faixa de Gaza. É a população da cidade de Gaza para Sul, mesmo assim são 700 mil pessoas. Retirar 700 pessoas em 24 horas sem provocar um movimento dessa dessa dimensão, sem provocar uma calamidade é impossível", realça.

Corredor humanitário

O comentador da SIC explica que a ONU e os Estados Unidos tentaram criar com o Egito um corredor humanitário para os refugiados de Gaza.

"Os Estados Unidos manifestaram a vontade com o Egito de ajudar a criar um corredor humanitário que pudesse levar essas pessoas para sul, sendo que, obviamente, o lado do Egito é muito complexo receber. Ninguém quer receber uma proporção desta natureza de pessoas no momento para o outro, é complicado", diz o editor de Internacional da TSF.

Hamas convoca "Dia da Raiva"

O Hamas declara esta sexta-feira como o "Dia da Raiva". O grupo islâmico palestiniano lançou o apelo aos apoiantes pelo mundo e incita à violência contra israelitas e judeus.

Perante a ameaça, o Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel alertam para possíveis eventos de protesto em diferentes países e pedem aos israelitas para estarem vigilantes.


"É natural que haja preocupações de segurança em todo o lado relacionadas com essas manifestações, sejam sejam pró-Hamas, sejam anti-Hamas, mas é um dia de facto, com com bastante tensão", sublinha Ricardo Alexandre.

"Nota-se nesta altura, não só no Médio Oriente, mas em todas as capitais, onde há comunidades judaicas importantes e comunidades palestinianas ou árabes importantes, essa tensão é naturalmente mais evidente", conclui.

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