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Invasão iminente? “Deadlines de Israel não são para levar à letra”

Germano Almeida afirma que os prazos que têm sido definidos são uma forma de Israel gerir o facto de ainda não ter tido uma reação face ao grande número de civis mortos no ataque de há uma semana.

Germano Almeida

Terminou à meia-noite (22:00 de Lisboa) o prazo que Israel tinha dado para que os civis abandonassem a Faixa de Gaza, prevendo-se o início de uma invasão terrestre.

Para Germano Almeida, os “deadlines de Israel não são para levar à letra”. O comentador SIC acredita que são apenas uma forma de Israel gerir “um dos seus maiores desafios”, o facto de ainda não ter reagido ao grande número de mortes civis provocado pelo ataque do Hamas.

No entanto, sublinha que Israel quer eliminar o movimento islâmico e explica que não se pode dar ao luxo de perder uma guerra, ou “deixa de existir”.

“Faz este sábado uma semana que Israel foi alvo da maior ameaça à sua existência, foi apanhado de surpresa e mostrou vulnerabilidade. A janela de atuação tem os dias contados, não pode passar muito mais tempo”, afirma o comentador.

Para Germano Almeida, uma invasão de Gaza não será possível sem provocar “um banho de sangue”. E apesar de considerar que Israel tem “toda a legitimidade de reagir”, afirma que vai cometer um conjunto de crimes que obrigará a que quem os apoia se demarque.

“Vemos que as duas partes têm culpa, as duas partes cometem crimes e é um problema que não só não tem solução, como enquanto as duas partes estiverem onde estão, não se vai encontrar um entendimento”, conclui.

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