O correspondente da SIC falou ao telefone com o Papa Francisco que expressou a sua solidariedade com o povo de Israel e mostrou-se muito preocupado com o que aconteceu há uma semana que é um recuo de 50 anos no conflito no Médio Oriente.
Francisco manifestou ainda preocupação com os muitos argentinos que foram vítimas do ataque do Hamas nos kibbutz no sul de Israel e revelou ainda que pensa ter muitos amigos entre os argentinos que morreram ou ficaram feridos.
Disse ainda que gostaria de receber no Vaticano as famílias dos cerca de 120 sequestrados pelo Hamas em Gaza.
Ataque do Hamas contra Israel a 7 de outubro
Centenas de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel em veículos, por via aérea e marítima, matando mais de mil civis na rua e em residências, espalhando o terror sob um dilúvio de rockets a 7 de outubro.
Durante o ataque, que deixou o país atónito, os milicianos do Hamas, movimento islamita considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, raptaram dezenas de reféns israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade, que o grupo islamita ameaça executar.
O porta-voz do exército israelita anunciou hoje que Israel matou Ali Qadi, comandante do Hamas que liderou o ataque há uma semana.
Israel diz que vai continuar a atacar as pessoas que dirigiram a operação contra Israel que provocou, pelo menos, até agora, 1400 mortos do lado de Israel e o número ainda deverá aumentar e pode chegar a 1500. Além dos 120 confirmados que estão sequestrados, que são reféns do Hamas dentro da Faixa de Gaza, explica Henrique Cymerman.
Palestinianos mortos e deslocados
A ONU está a tentar contabilizar o número de pessoas deslocadas das suas casas na Faixa de Gaza, com mais de 423.000 registadas no final de quinta-feira.
O Ministério da Saúde do movimento islâmico Hamas no poder em Gaza afirma que os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza e a Cisjordânia fizeram no total 2.269 mortos e 9.814 feridos.
Segundo o relatório, citado pela agência Reuters, 2.215 mortos na Faixa de Gaza e 54 mortos e 1.100 feridos na Cisjordânia.
Israel avisou que 1,1 milhões de pessoas que vivem no norte do território devem deslocar-se rapidamente para o sul, antes de uma esperada ofensiva terrestre.