Os ataques aéreos israelitas sobre a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas mataram pelo menos 324 palestinianos e feriram outros mil, informou hoje o Ministério da Saúde do movimento islâmico Hamas no poder em Gaza.
Segundo o comunicado, entre os mortos há pelo menos 126 crianças e 88 mulheres
Pelo menos 1.018 pessoas ficaram feridas, acrescenta o Ministério no comunicado, oito dias após o ataque do Hamas a Israel, que respondeu bombardeando Gaza.
Mais de 2.200 mortos e 8.700 feridos em Gaza em 8 dias de guerra
O Ministério da Saúde do Hamas afirma que os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza e a Cisjordânia fizeram no total 2.269 mortos e 9.814 feridos.
Segundo o relatório, citado pela agência Reuters, na Faixa de Gaza foram mortas 2.215 pessoas, 724 são crianças e 458 mulheres, enquanto 8.714 outras pessoas ficaram feridas.
Na Cisjordânia, os ataques fizeram 54 mortos e 1.100 feridos, segundo o mesmo relatório citado pela agência Reuters.
1.300 edifícios destruídos na Faixa de Gaza
Hoje, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), que cita dados do Ministério das Obras Públicas de Gaza, indicou que, após a primeira semana, o conflito já deixou 1.300 edifícios completamente destruídos na Faixa de Gaza.
Segundo a ONU, foram destruídos 1.324 edifícios residenciais e não residenciais, num total de 5.540 habitações, enquanto 3.750 outras casas foram danificadas a ponto de se tornarem inabitáveis.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na sexta-feira que os atuais ataques a Gaza são apenas "o começo", numa altura em que Israel procura retaliar contra o sangrento ataque do Hamas de 07 de outubro, lançado a meio do Sabat, o período de descanso semanal dos judeus, e no último dia do feriado de Sukkot.
Ataque do Hamas contra Israel a 7 de outubro
Centenas de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel em veículos, por via aérea e marítima, matando mais de mil civis na rua e em residências, espalhando o terror sob um dilúvio de rockets a 7 de outubro.
Durante o ataque, que deixou o país atónito, os milicianos do Hamas, movimento islamita considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, raptaram dezenas de reféns israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade, que o grupo islamita, que controla Gaza desde 2007, ameaça executar.
A ONU está a tentar contabilizar o número de pessoas deslocadas das suas casas na Faixa de Gaza, com mais de 423.000 registadas no final de quinta-feira.
Israel avisou que 1,1 milhões de pessoas que vivem no norte do território devem deslocar-se rapidamente para o sul, antes de uma esperada ofensiva terrestre.