As Forças de Defesa de Israel conduziram esta terça-feira a imprensa estrangeira ao kibutz Kfar Aza, uma das zonas mais afetadas pelo ataque terrorista do Hamas em território israelita, lançado a partir da Faixa de Gaza no passado sábado, conta a agência Reuters.
Os corpos dos residentes israelitas e dos invasores assassinados jazem no chão, entre casas queimadas, móveis espalhados e carros incendiados.
“Não é uma guerra, não é um campo de batalha. Vemos os bebés, as mães, os pais nos quartos, nos abrigos. A forma como foram mortos pelos terroristas, isto não é uma guerra, não é um campo de batalha. É um massacre, é um ataque terrorista. vejam com os vossos próprios olhos. Nunca vi algo assim”, descreve o general israelita Itai Veruv.
Segundo conta o jornal espanhol El Mundo, para além do cheiro dos corpos em decomposição, é a imagem dos bebés mortos, alguns deles decapitados, que é a referência mais impactante para os repórteres em Kfar Aza.
Os militantes atacaram violentamente, matando centenas de israelitas e fazendo dezenas de reféns em lugares como Kfar Aza, perto de Sderot. Algumas das casas foram quase totalmente destruídas no ataque, com paredes desabadas e queimadas.
Fora de uma das casas do kibutz, o corpo de um morador estava coberto por um lençol roxo com um pé descalço para fora. Um travesseiro e outros objetos da casa estavam espalhados pela rua.
Um soldado gritou “Conte ao mundo o que viu aqui”.
"Os bárbaros do Hamas massacraram 40 bebés durante os ataques de 7 de outubro. Israel homenageará cada uma das vítimas desses hediondos ataques terroristas islâmicos. Não faremos nada para fazer com que esses terroristas paguem um preço alto", publicou a Embaixada de Israel na França na rede social X (antigo Twitter).
O ex-embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, garantiu que entre os terroristas não havia apenas militantes do Hamas.
“Não apenas membros do Hamas, mais gente de Gaza infiltrou-se em Israel e cometeu todo tipo de atrocidades”, disse.
Bebés foram decapitados pelo Hamas?
Alguns meios de comunicação israelitas acusaram o Hamas de decapitar bebés, uma informação que não confirmada pelos jornalistas internacionais que visitaram o local, nem pelo exército Israelita.
O Hamas negou a autoria do ato.
Últimos dados
O Ministério da Saúde da Palestina, avançou esta quarta-feira a Reuters, deu o último balanço dos ataques aéreos a Gaza e dá conta de 1.100 palestinianos mortos e mais de cinco mil feridos.
Esta atualização acresce ao valor de mortos israelitas indicado na passada terça-feira pelo general-brigadeiro Dan Goldfus, que indicava que o número de mortos já tinha ultrapassado os 1.000.
O oficial israelita falava num momento em que Israel deu início a uma intensa ofensiva de ataques aéreos em Gaza, que já causou 830 mortos do outro lado e provocou uma destruição generalizada.
"Vamos partir para a ofensiva e atacar o grupo terrorista Hamas e qualquer outro grupo que esteja em Gaza", assegurou Goldfus, acrescentando que Israel está determinada em "mudar a realidade dentro de Gaza", para evitar a repetição de um ataque como o do passado fim de semana.
[Atualizada 11.10.2023 às 20:50]