Foram anunciados, esta quarta-feira, os vencedores do Prémio Nobel da Química. Os investigadores Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov foram a escolha deste ano da Real Academia de Ciências da Suécia pela “descoberta e síntese dos pontos quânticos”, um trabalho que se inclui na área da nanotecnologia.
Estes três investigadores provaram que é possível criar pontos quânticos, “nanopartículas tão pequenas no seu tamanho determina as suas propriedades”, explica a Real Academia de Ciências da Suécia. Esta pequenos componentes têm várias funcionalidades: podem emitir luz em televisões e lâmpadas LED ou “guiar os cirurgiões quando removem tecido de um tumor”.
As descobertas dos três investigadores estendem-se no tempo: Alexei Ekimov conseguiu, na década de 1980, criar efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. Anos mais tarde, Louis Brus foi o primeiro a provar os efeitos do tamanho nos elementos quânticos. E, em 1993, Moungi Bawendi “revolucionou a produção química de pontos quânticos" ao criar partículas quase perfeitas.
Ekimov, Moungi e Bawendi junta-se agora aos laureados pelo Prémio Nobel da Química. Em 2022, esta distinção foi entregue aos investigadores Carolyn Bertozzi, Morten Meldal e K. Berry Sharpless pelo desenvolvimento da “química de clique e química bio-ortogonal”. No total 194 investigadores receberam o prémio, dos quais oito são mulheres.
A Real Academia das Ciências da Suécia anunciou já os Prémios Nobel da Fisiologia e Medicina - atribuído a Katalin Karikó e Drew Weissman pelo trabalho desenvolvido com o RNA mensageiro - e da Física - que distinguiu os investigadores Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier pelo método que “permite gerar pulsos de luz de attossegundos”.
Os restantes Prémios Nobel serão anunciados nos próximos dias. Segue-se o galardão da Literatura (5 de outubro) da Paz (6 de outubro) e da Economia (9 de outubro).