Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier são os vencedores do Prémio Nobel da Física, anunciou esta terça-feira a Real Academia das Ciências da Suécia. Os três investigadores foram distinguidos pelo “método experimental que gera pulsos de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica de eletrões na matéria”.
A francesa Anne L'Huillier torna-se a quinta mulher a receber este galardão, depois de Marie Curie (1903), Maria Goeppert-Mayer (1963), Donna Strickland (2018) e Andrea Ghez (2020).
O trabalho desenvolvido por Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier demonstrou que é possível criar pulsos de luz extremamente curtos “que podem ser usados para medir os processos rápidos nos quais os eletrões se movem ou mudam de energia”.
Esta descoberta abre a porta à física de attossegundos, permitindo um avanço na “investigação de processos tão rápidos que anteriormente eram impossíveis de seguir”, explica a Real Academia de Ciência da Suécia. Esta investigação poderá ter aplicação em várias áreas, desde a eletrónica à saúde.
Em 2022, os vencedores deste prémio foram Alain Aspect, John Clauser e Anton Zeilinger, pelas experiências conjuntas com fotões entrelaçados, que estabeleceram “a violação das desigualdades de Bell” e foram também “pioneiros na ciência da informação quântica”.
Com este anúncio, o Prémio Nobel da Física passa a ter sido entregue 117 vezes, galardoando mais de 200 investigadores.
Esta segunda-feira, a Real Academia de Ciência da Suécia distinguiu os investigadores Katalin Karikó e Drew Weissman com o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina pelo trabalho de investigação na “modificação de bases de nucleosídeos”, que levou à criação das vacinas contra a covid-19.
Os restantes Prémios Nobel serão anunciados nos próximos dias. Segue-se o galardão da Química (4 de outubro), da Literatura (5 de outubro) da Paz (6 de outubro) e da Economia (9 de outubro).