Filipe VI cumpriu a tradição. Ouviu os partidos e, não tendo nenhum chegado à maioria absoluta, decidiu dar ao mais votado, Feijóo, a possibilidade de formar Governo em Espanha.
A presidente do Congresso foi informada e já fez saber que o debate da investidura de Alberto Nuñez Feijóo está marcado para 26 e 27 de setembro. Até lá, o líder de centro direita tem de conseguir convencer mais quatro deputados a apoiarem-no como novo chefe do governo.
À hora da reunião com o Rei de Espanha, Feijóo tinha conseguido acordo com a coligação Canária, Partido Nasco e Vox. 172 deputados estão ao lado da solução governativa à direita, mas o problema é que são precisos 176.
“A minha distância para um Governo fica a apenas quatro deputados da maioria absoluta. O Partido Socialista, depois de perder as eleições, está à distância de uma amnistia, de um referendo para a indepêndencia e de oficializar a desigualdade entre os espanhóis”, afirmou Alberto Núñez Feijóo.
Se a investidura falhar, Filipe VI deverá repetir a ronda de audiências com os partidos e indicar novo candidato.
Possibilidade de novas eleições
O Partido Socialista, de Pedro Sanchez, tem tempo para negociar, sobretudo com a Força Independentista da Catalunha. Sanchez precisa do apoio de Puigdemont, mas sabe das exigências: a autodeterminação e uma amnisita para quem esteve envolvido no referendo de 2017.
Se nenhum dos partidos conseguir acordos para uma maioria, o mais certo é Espanha ir novamente a votos no Natal ou em janeiro.