Eleições em Espanha

Rei de Espanha propõe Feijóo a chefe do Governo

Cabe agora ao Parlamento votar a investidura, sendo que o PP precisa dos votos de 176 dos 350 deputados ou de uma maioria simples. Feijóo disse que precisará "de tempo" para negociar com outros partidos antes de se submeter à votação.

SIC Notícias

O Rei de Espanha, Filipe VI, propôs esta terça-feira Alberto Nuñez Feijóo, do Partido Popular, a primeiro-ministro. O candidato já aceitou a nomeação.

Cabe agora ao Parlamento votar a investidura, sendo que o PP precisa dos votos de 176 dos 350 deputados ou de uma maioria simples. Diz o El País que esta nomeação está “condenada ao fracasso” por não ter os apoios parlamentares que lhe garantam a investidura.

Cabe agora à Mesa do Congresso dos Deputados agendar o debate e votação de investidura de Feijóo como primeiro-ministro.

E se Feijóo não reunir apoio?

Se a investidura falhar, o Rei deverá repetir a ronda de audiências com os partidos e indicar novo candidato a primeiro-ministro, como já aconteceu no passado.

O Parlamento tem dois meses, a partir da primeira votação de investidura falhada, para eleger um primeiro-ministro. Caso contrário, o país volta a ir a eleições.

Feijóo disse esta terça-feira, numa conferência de imprensa após o encontro com o Rei, que precisará "de tempo" para negociar com outros partidos antes de se submeter à votação do Parlamento, o que não poderá acontecer num prazo de "horas ou dias".

Líder do PP promete estabilidade e moderação

Feijóo agradeceu ao Rei Felipe VI a indicação para candidato a primeiro-ministro e prometeu um Governo de "estabilidade e moderação" se conseguir ser eleito.

"Daremos voz aos mais de 11 milhões de cidadãos que querem mudança, estabilidade e moderação com um Governo que defenda a igualdade de todos os espanhóis", escreveu Feijóo na rede social X (antigo Twitter).

Pedro Sánchez diz que PSOE está em condições de garantir apoio

Entretanto, Pedro Sánchez, do PSOE, declarou que acredita que o seu partido “está em condições de reunir o apoio parlamentar necessário” para reintegrar o Executivo. Sánchez recordou ao PP que a investidura não é um “procedimento de fachada” e afirmou que os “esforços e contorcionismos” são “legítimos”, mas “inúteis”.

Impasse político em Espanha

O PP venceu as eleições legislativas sem alcançar uma maioria absoluta com o VOX, de extrema-direita, com quem governa em coligação em três regiões autónomas. O PSOE foi o segundo partido mais votado. Desde então, Espanha vive um impasse político para formação de Governo.

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