O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, repreendeu esta sexta-feira publicamente militantes de esquerda que vaiaram ruidosamente seus adversários políticos durante a apresentação do plano de investimentos públicos, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
"Vamos ter que aprender algumas lições", porque "este evento não é para nós, mas para toda a sociedade brasileira" e "me sentiria muito deprimido se fosse convidado para uma cerimónia e recebido com vaias", disse líder brasileiro, durante o anúncio do ambicioso plano de infraestrutura.
Antes, adversários como o presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira, ou o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, foram alvo de insultos todas as vezes que eram nomeados pelos oradores que antecederam o Presidente.
"Arthur Lira é nosso adversário político e continuará sendo nosso adversário, mas aqui ele representa uma instituição do Estado, é nosso convidado e deve ser respeitado, assim como Claudio Castro e todos os nossos adversários. Estive dois terços da minha vida envolvido com a política" e "tive muitos adversários políticos, mas sempre de forma civilizada", declarou Lula da Silva.
Segundo o líder brasileiro, o Brasil precisa superar os tempos de ódio que, na sua opinião, foram impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Temos que recuperar a civilidade, porque este país só vai funcionar se voltarmos a nos respeitar", concluiu.