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Dois palestinianos mortos em nova incursão israelita na Cisjordânia

Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, as vítimas mortais são do género masculino e têm 34 e 32 anos. Foram mortos por disparos das forças militares israelitas. Há ainda registo de três palestinianos feridos.

Majdi Mohammed

Lusa

Dois palestinianos foram mortos por disparos das forças israelitas durante uma nova incursão militar na cidade de Nablus, um dos principais bastiões da resistência armada palestiniana no norte da Cisjordânia, segundo fonte do Crescente Vermelho.

Um porta-voz do serviço de emergência do Crescente Vermelho disse que dois homens morreram nos confrontos armados que eclodiram na manhã desta sexta-feira, após a entrada de tropas israelitas na cidade.

De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, dois homens - Khayri Mohammed Sari Shaheen, de 34 anos, e Hamza Moayed Mohammed Maqbool, de 32 - foram mortos por disparos israelitas.

A mesma fonte disse que três palestinianos ficaram feridos durante a incursão israelita.

A operação israelita, desencadeada na segunda-feira na Cisjordânia ocupada, mobilizou centenas de soldados, e ainda drones (aparelhos aéreos não tripulados) e bulldozers do exército na cidade de Jenin e no campo de refugiados adjacente, bastião de grupos armados palestinianos.

O norte da Cisjordânia tem registado uma vaga de ataques contra israelitas e violência anti-palestinianos por parte de colonos judeus. Jenin e o campo de refugiados foram visados diversas vezes por operações militares israelitas.

Em 11 de maio de 2022, a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, foi morta por forças israelitas em Jenin, quando se encontrava em reportagem durante uma nova incursão militar das Forças de Defesa de Israel (IDF).

Perto de três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967 juntamente com Jerusalém leste e a Faixa de Gaza. Cerca de 490.000 colonos judeus também estão instalados em colonatos na Cisjordânia, que a ONU considera ilegais à luz do Direito Internacional.

O conflito israelo-palestiniano regista desde o início do ano um aumento das tensões após a entrada em funções, no final de dezembro, do que é considerado por diversos analistas como o Governo mais à direita da história de Israel, dirigido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

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