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Mulher de ex-chanceler alemão demitida depois de participar em celebrações na embaixada russa

O antigo chanceler alemão, Gerhard Schröder, e a sua mulher, So-yeon, marcaram presença nas celebrações na embaixada russa em Berlim no contexto do Dia da Vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi.

Burhan Ozbilici

Lusa

SIC Notícias

A mulher do antigo chanceler alemão Gerhard Schröder foi esta terça-feira demitida depois de ter participado nas comemorações do Dia da Vitória na embaixada russa em Berlim, no dia 9 de maio, disse o porta-voz do ministro da Economia.

"A senhora Schröder-Kim foi demitida com efeito imediato e a relação de serviço foi rescindida sem aviso prévio pela NRW Global Business", disse a porta-voz do ministro da Economia.

A agência de promoção do comércio exterior, NRW Global Business, "aconselhou repetidamente" Schröder-Kim a "abster-se de fazer declarações públicas sobre questões políticas", acrescentou.

A rescisão do contrato de trabalho aconteceu depois da mulher do antigo chanceler alemão ter participado nas celebrações na embaixada russa em Berlim no contexto do Dia da Vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi em 9 de maio.

Além de Schröder e da sua mulher, estiveram também presentes o líder da Alternativa para a Alemanha, Tino Chrupalla, e o presidente honorário e membro fundador do partido de extrema-direira, Alexander Gauland.

Segundo o jornal regional, Kölner Stadtanzeiger, a empresa assinou um contrato temporário com Schröder-Kim em junho do ano passado, até ao fim de 2023, a pedido do então ministro da Economia, Andreas Pinkwart.

A relação de Gerhard Schröder com o presidente russo, Vladimir Putin, tem levantado diversas questões, nomeadamente dentro do Partido Social Democrata (SPD), onde já surgiram diversas iniciativas para a sua exclusão do estatuto de militante, enquanto o Parlamento alemão já lhe retirou o subsídio que cobria as despesas de representação e de escritório.

O antigo chanceler, no poder entre 1998 e 2005, defende desde sempre a relação entre a Alemanha e a Rússia, e continuou as suas relações com Putin mesmo depois da invasão da Ucrânia.

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