Guerra Rússia-Ucrânia

Putin diz que foi desencadeada uma "autêntica guerra" contra a Rússia

Durante o desfile militar na Praça Vermelha em Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, classificou de criminosa a "ideologia de supremacia defendida pelos dirigentes ocidentais", a quem acusa de esquecimento.

Vladimir Putin, Presidente da Rússia
SPUTNIK

SIC Notícias

Lusa

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta terça-feira que foi desencadeada contra a Rússia uma autêntica guerra garantindo a vitória e acusando o "ocidente" de ser a causa da divisão, dos conflitos e das revoluções no mundo. Moscovo assinala esta terça-feira o Dia da Vitória, uma das datas mais importantes do calendário político da Rússia.

"Contra a nossa Rússia foi desencadeada, outra vez, uma autêntica guerra. Mas, nós resistiremos ao terrorismo internacional e também defenderemos os habitantes do Donbás [território anexado na Ucrânia] assim como vamos garantir a nossa segurança", disse Putin no discurso perante as tropas em parada na Praça Vermelha, em Moscovo.

“Ideologia de supremacia é repugnante, criminosa e mortal”

O Presidente russo classificou de criminosa a "ideologia de supremacia defendida pelos dirigentes ocidentais", a quem acusa de esquecimento.

"Consideramos que qualquer ideologia de supremacia é repugnante, criminosa e mortal (...). Parece que se esqueceram de quem liderou a demente aspiração dos nazis para a dominação mundial", disse Vladimir Putin durante o desfile militar na Praça Vermelha em Moscovo.

Dia da Vitória

A Rússia assinala esta terça-feira o Dia da Vitória. É uma das datas mais importantes do calendário político da Rússia

O Dia da Vitória comemora a vitória europeia dos Aliados sobre o regime da Alemanha nazi, no final da II Guerra Mundial, em 8 de maio 1945.

Nos países sob influência da antiga União Soviética, a partir de 1967, o Dia da Vitória começou a ser comemorado nos dias 9 de maio, referindo-se ao dia da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, e passou a ser considerado um dia feriado.

As celebrações decorrem num formato reduzido e com muitas limitações em várias cidades. A Rússia justifica a decisão com o reforço de segurança.

O desfile militar russo já começou na Praça Vermelha, em Moscovo, na presença do Presidente da Rússia e de vários líderes de repúblicas ex-soviéticas, sob fortes medidas de segurança.

Encontram-se presentes os líderes da Bielorrússia, principal aliado da Rússia na campanha contra a Ucrânia e os chefes de Estado da Arménia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão.

A habitual marcha do "Regimento Imortal", como é conhecido na Rússia, foi cancelada por "receio de atos terroristas de Kiev".

Numa decisão sem precedentes, a Praça Vermelha foi encerrada há duas semanas, mesmo antes do alegado ataque com aparelhos aéreos não tripulados (drones) contra o Kremlin que as autoridades russas atribuíram a Kiev.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia vão desfilar no centro de Moscovo, 10 mil soldados e vão ser exibidos 125 equipamentos militares, incluindo os tanques T-90; T-72 e T-14, além de peças de artilharia, baterias antiaéreas e mísseis de cruzeiro.

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