Germano Almeida, comentador da SIC, analisou em direto na SIC Notícias a contraofensiva ucraniana, que já se encontra em marcha, e o futuro a curto prazo do conflito. O processo do informador Jack Teixeira também foi um tema que esteve em cima da mesa.
"Já começou", diz em primeiro lugar o comentador da SIC, referindo-se ao início da contraofensiva ucraniana.
“Dados dos últimos dias apontam também que a Ucrânia terá conseguido posições na margem oriental do rio Dnipro, a tal que os russos, depois de se terem retirado da cidade de Kherson, se colocaram para manter posições em Kherson”, atira.
Avizinha-se “um verão quente”
Germano Almeida prossegue referindo que a contraofensiva "já terá começado" na zona sul, sobretudo, em Kherson, mas também em Melitopol e Berdiansk, sendo que Kherson e Melitopol "são dois vértices superiores do acesso à Crimeia, e o que pode estar em causa é a Crimeia".
Para além destas regiões, o comentador da SIC afirma que é essencial "olhar para Kharkiv", um local onde no verão passado a Ucrânia conseguiu, com êxito, avançar sobre as tropas russas. Este deve ser um ponto de foco, uma vez que Moscovo, na terça-feira, lançou um ataque sobre a região, o que "mostra que a Rússia também está ali a olhar para essa posição".
Germano Almeida acredita também que o verão que se avizinha "será um verão quente no pior sentido", até porque a Ucrânia vai começar a utilizar todo o arrasamento que tem recebido. No entanto, o comentador aponta para a necessidade imediata de munições por parte das forças ucranianas.
O caso de Jack Teixeira
Relativamente a Jack Teixeira, o militar lusodescendente que divulgou documentos confidenciais que continham avaliações norte-americanas sobre o conflito na Ucrânia e interesses geopolíticos de outras nações, sabe-se agora que o jovem terá começado a partilhar as informações logo após o início da guerra o que, para o comentador da SIC, "é um pouco surpreendente".
"A primeira indicação era de que se estava a tratar de algo que não tinha um objetivo por parte dele de dar isso [os documentos] aos russos, era uma coisa mais interna de exibicionismo entre os amigos daquele grupo privado no Discord, mas quanto mais se sabe mais se percebe que essa ação, pelo menos, foi mais prolongada no tempo, o que coloca, sobretudo, os serviços de informação e todo os sistema norte-americano em grande embaraço, como é que durante tanto tempo algo tão sensível não foi detetado", conclui Germano Almeida.