Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky insiste na defesa de Bakhmut

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou nesta segunda-feira deixar cair nas mãos das forças russas a localidade de Bakhmut, onde as suas tropas enfrentam duros ataques dos mercenários russos da Wagner, antes da anunciada contraofensiva ucraniana.

Libkos

SIC Notícias

Lusa

As unidades de assalto da empresa militar privada Wagner ocuparam cerca de vinte quarteirões da cidade nos últimos dias, embora à custa de um grande número de baixas, de acordo com as autoridades de Kiev.

"Não podemos desistir de Bakhmut, pois isso contribuiria para expandir a frente e permitiria que as tropas russas e os mercenários Wagners capturassem mais território", disse Zelensky ao canal Al-Arabiya.

Zelensky pretende continuar a resistir apesar da insistência de vários aliados sobre a duvidosa importância estratégica daquele bastião na província de Donetsk, no leste do país, onde a batalha dura há largos meses com elevadas baixas de ambas as partes.

"Se a Rússia tomar Bakhmut, pode tornar-se num trampolim para o avanço em direção a duas cidades ainda maiores na região de Donetsk - Kramatorsk e Sloviansk", afirmou.

O líder ucraniano reconheceu que a situação em vários setores da frente é complicada, mas que a Ucrânia "está mais forte do que há um ano".

O líder da Wagner, Yevgueni Prigojin, afirmou que, após quase nove meses de combates, as forças ucranianas controlam uma área não superior a um ou dois quilómetros em Bakhmut.

"A nossa tarefa é oprimir o exército ucraniano, não lhe dar a oportunidade de se preparar para a contraofensiva. Fazemos isso com muito sucesso", declarou.

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