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Matteo Salvini não quer em Itália protestos como os dos "coletes amarelos"

"Se tivesse pensado um pouco mais nos franceses e não na Itália teria menos problemas", opinou o ministro italiano.

Tony Gentile

O ministro do Interior da Itália e líder da Liga, Matteo Salvini, afirmou esta segunda-feira que não quer ver "imagens como as de Paris" no seu país, referindo-se ao movimento dos "coletes amarelos".

"Estamos a trabalhar bem. Espero que também na Europa se deem conta de que estamos a trabalhar para os italianos e para ter um continente tranquilo", disse Matteo Salvini em declarações à imprensa, em Milão.

"Não queremos ver imagens como as de Paris em Itália e por isso queremos garantir o crescimento e a paz social. Penso que os nossos pressupostos vão nesta direção", acrescentou.

Salvini já se tinha referido à França em ocasiões anteriores e aos protestos dos "coletes amarelos", e sugeriu recentemente que o Presidente francês, Emmanuel Macron, poderia ter alguma culpa nesta situação.

Salvini ataca Macron

"Macron foi visto como o campeão do europeísmo em contraposição comigo e assim foi, na imigração e noutros temas. Se tivesse pensado um pouco mais nos franceses e não na Itália teria menos problemas", opinou, acrescentando que repudiava todo o tipo de violência.

O governo italiano, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S, definido como uma formação antissistema) e a Liga, está em negociações com a Comissão Europeia (CE) para tentar evitar um processo sancionatório, depois de Bruxelas ter rejeitado a proposta de orçamento de Itália para 2019 por não cumprir com as normas europeias.

As autoridades italianas preveem para o próximo ano um défice de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e para não enfrentar possíveis sanções, Roma deverá rever em baixa esta previsão.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, afirmou recentemente que vai enviar uma nova proposta à Comissão Europeia, ainda que se desconheça a data.

Lusa

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