uma cerimónia pública em Irapuato, Estado de Guanajuato, Henrique Peña Nieto referiu-se às numerosas manifestações convocadas em diversas cidades do México e em vários países do mundo para denunciar a morte de seis pessoas e o desaparecimento de 43 estudantes após um violenta intervenção da polícia municipal.
"Trata-se de um acontecimento verdadeiramente inumano, praticamente um ato de barbárie", disse Peña Nieto, que indicou ter pedido ao seu gabinete para acelerar a investigação para detetar "aqueles que por negligência ou atuação permitiram que isto tivesse ocorrido em Iguala".
Sobre os 28 corpos descobertos em valas clandestinas nesta localidade do estado de Guerrero (sul), que podem corresponder a alguns dos estudantes desaparecidos, assinalou que "deixa transparecer o nível de barbárie e o caráter inumano" deste facto e que "perturba o esforço coletivo" para garantir um país "com mais progresso e desenvolvimento".
Peña Nieto e o governo mexicano têm sido submetidos a uma forte pressão interna e internacional, incluindo dos Estados Unidos e de diversas ONG, para um rápido esclarecimento dos acontecimentos em Iguala, em particular o destino dos 43 estudantes sequestrados pela polícia local.
Na sequência dos ataques na noite de 26 de setembro foram efetuadas mais de 30 detenções, incluindo de 22 polícias municipais com alegadas legações aos "Guerreros Unidos", um grupo criminal que surgiu em 2011 após uma cisão no cartel dos irmãos Beltrán Leyva.
LUSA