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EUA lançam vídeo para dissuadir alistamento no Estado Islâmico 

O Departamento de Estado norte-americano  lançou um vídeo com imagens de crucificações e atentados à bomba perpetrados  pelo Estado Islâmico (EI), que faz parte de uma campanha de contrapropaganda  para dissuadir o alistamento nas fileiras do grupo 'jihadista'. 

Com o título "Bem-vindo à terra do Estado Islâmico", e com o objetivo  de sublinhar a natureza cruel das ações do grupo 'jihadista', o vídeo mostra  como se atira uma pessoa de uma falésia e várias cabeças humanas numa prateleira.

As imagens do vídeo foram alegadamente extraídas de gravações que o  Estado Islâmico usa para recrutar militantes através das redes sociais,  o mesmo meio escolhido pelo Governo norte-americano para combater a mensagem  'jihadista'. 

O vídeo começou a ser exibido na sexta-feira em canais nacionais como  a CNN e converteu-se imediatamente em fonte de debate, mas a campanha a  que pertence - "Think again, turn away" ("Pensa de novo, vira as costas",  na tradução livre) do Departamento de Estado começou há um ano no Facebook,  Twitter, Tumblr e num canal próprio do Youtube. 

A campanha de contrapropaganda, dirigida por um centro do departamento  de Estado dedicado às estratégias de comunicação contra o terrorismo, está  focada em evitar que muçulmanos que vivem nos Estados Unidos -- que a administração  Obama considera vulneráveis às mensagens do EI- viajem para o Iraque ou  Síria para se unir às fileiras do grupo, como já fizeram dezenas de cidadãos  do país norte-americano, segundo estimativas oficiais. 

"A nossa missão é expor os factos sobre os terroristas e a sua propaganda.  Não te deixes enganar pelos que destroem famílias e o seu património", explicou  o Departamento de Estado na página da campanha no Facebook.  

À medida que o EI se fortaleceu nos últimos meses, mais estrangeiros  viajaram para a Síria e Iraque para lutar nas suas fileiras, o que obrigou  as autoridades europeias e norte-americanas a aumentar os seus recursos  para detê-los antes de saírem dos seus países de origem, explicaram recentemente  fontes oficiais ao The New York Times. 

O EI acaba por ser mais atrativo do que a Al-Qaida para os potenciais  combatentes porque o território que controla é governado pela lei islâmica  rigorosa, segundo disse um responsável norte-americano ao jornal. "Pode  chamar-se a verdadeira 'jihad'", disse.  

Outro fator que atrai para o EI, de acordo com as fontes citadas, é  a "brutalidade" das suas práticas, evidentes nos vídeos de decapitações  de dois jornalistas norte-americanos publicados nas últimas semanas, que  chocaram o mundo.  

Estima-se que mais de 100 norte-americanos se tenham alistado nos grupos  rebeldes, incluindo no EI, desde o início da guerra civil na Síria, há três  anos.  

O número de cidadãos norte-americanos que combatem na Síria duplicou  desde janeiro deste ano. 

Lusa 

 

 

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