Para inverter a realidade associada ao cancro do ovário, nasceu o DISARM EU, um consórcio financiado pelo programa europeu Horizon Europe – Missão Cancro, que vai investir cerca de 13 milhões de euros até 2029 em soluções para avaliar o risco e detetar precocemente este tipo de cancro.
Portugal não vai ficar de fora, estando representado pela EVITA – Cancro Hereditário, associação de doentes que defende o acesso ao diagnóstico e acompanhamento em cancros hereditários, que se junta ao IPOLisboa, liderado pela oncologista Fátima Vaz.
“A nossa missão é garantir que a voz das mulheres em risco não só é ouvida, mas influencia o futuro dos cuidados de saúde”, sublinha a associação.
O DISARM vai testar novas ferramentas digitais e tecnologias de inteligência artificial para identificar mulheres em risco antes de o cancro se instalar. Entre os objetivos está também tornar rotineira a deteção precoce, democratizando o acesso a tecnologias que podem salvar vidas.
A EVITA, presidida por Tamara Hussong Milagre, tem vindo a afirmar-se em projetos europeus de ponta, como o PREDI-LYNCH, dedicado à Síndrome de Lynch. A associação lançou ainda a EVITA Platform, um recurso digital que ajuda cidadãos, médicos e investigadores a conhecer e gerir o risco genético de cancro.
O projeto arrancou a 1 de setembro de 2025 e envolve 26 parceiros em 12 países. Para quem vive na sombra de uma mutação genética, esta pode ser uma oportunidade histórica: transformar um diagnóstico tardio numa deteção precoce e, com isso, salvar famílias inteiras.
Saiba mais AQUI sobre os sintomas do cancro do ovário, os fatores de risco e os tratamentos disponíveis.