"As ameaças destes terroristas só reforçam a nossa determinação para defender os nossos valores e vencer" o Estado Islâmico, acrescentou Cameron, numa altura em que o movimento 'jihadista' ameaça executar um refém britânico, depois de já ter assassinado dois norte-americanos.
A luta contra os 'jihadistas' é um dos temas que dominará o segundo dia da cimeira que se realiza na cidade galesa de Newport.
Segundo fontes diplomáticas, representantes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Turquia, Polónia, Canadá, Dinamarca e Austrália já se reuniram hoje de manhã para debater a legalidade e a possibilidade de uma eventual intervenção internacional contra os 'jihadistas' na Síria, tendo em conta que o regime sírio é condenado pela maioria dos parceiros ocidentais.
Os Estados Unidos, que atacam o Estado Islâmico no Iraque, pretendem organizar uma coligação internacional contra o movimento que instituiu um califado islâmico em territórios conquistados no Iraque e na Síria.
Os combatentes curdos que defrontam o Estado Islâmico no norte do Iraque já estão a receber armas dos Estados Unidos e da França, enquanto a Alemanha também já decidiu enviar armamento.
David Cameron afirmou que o Reino Unido poderá comprometer-se com 3.500 soldados numa nova força de resposta rápida da NATO reunida para enfrentar as novas ameaças aos interesses da Aliança Atlântica, nomeadamente a crise na Ucrânia e as conquistas dos militantes islâmicos no Iraque e Síria.
"Com a Rússia a pisar ilegalmente a Ucrânia, devemos garantir aos nossos membros que cumpriremos sempre as obrigações do Artigo 5" do Tratado Atlântico Norte, que estabelece que a Aliança age para garantir a segurança de todos os seus membros.
Para isso, a NATO "deve ser capaz de agir mais rapidamente", afirmou Cameron, que espera que os líderes dos países membros concordem no estabelecimento de uma força, a ser baseada na Polónia, capaz de chegar a qualquer ponto do mundo num prazo de dois a cinco dias.