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Comunidade internacional preocupada com violência no Egito

A União Europeia (UE) expressou hoje a sua preocupação  pelo desalojamento violento de manifestantes islamitas no Cairo, que causou  dezenas de mortos a pediu contenção e diálogo, enquanto a ONU apelou à reconciliação  nacional. 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou num comunicado que  as autoridades egípcias "tenham optado por usar a força para responder às  manifestações" e apelou aos egípcios para concentrar os seus esforços numa  "reconciliação genuinamente inclusiva". 

Nessa mesma linha falou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton,  que lamentou "a perda de vidas, feridos e destruição registados no Cairo  e noutros lugares do Egito" e apelou "às forças de segurança maior contenção  e a todos os cidadãos egípcios que evitem mais provocações e uma escalada".

Pelo seu lado, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, condenou  "qualquer intervenção violenta por parte das forças policiais contra os  partidários do ex-Presidente Morsi" e frisou que as vítimas registadas no  Cairo "não são aceitáveis". 

Para Schulz, "é responsabilidade do Governo encontrar uma solução pacífica  e justa para a atual crise" e avançar para "um processo político inclusivo  e para a reconciliação". 

O Governo espanhol pediu, num comunicado, aos políticos egípcios um  "diálogo nacional" com a sociedade que permita ao Egito recuperar a "normalidade  institucional", enquanto a França lançou um apelo para que não se recorra  a um "uso desproporcionado da força" e Londres defendeu uma "solução pacífica"  da crise desencadeada pelo derrube de Morsi no passado 3 de julho. 

Guido Westerwelle, ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, também  apelou à "responsabilidade" das partes no conflito para travar a escalada  de violência e o Governo italiano pediu o "máximo autocontrolo" às forças  da ordem e às partes implicadas que ponham fim "imediato" à escalada de  violência. 

Lusa

 

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