Violência em Moçambique

Mais de 50 pessoas manifestaram-se em Lisboa pelo fim da violência em Moçambique

Algumas dezenas de pessoas manifestaram-se este sábado em Lisboa pelo fim da violência e da corrupção em Moçambique. A violência continua no país depois da vitória da Frelimo nas eleições de Outubro.

Joana Rita de Almeida

Hugo Fragata

Paulo Gamito

Ao longe pinta na cara a bandeira do país que deixou há pouco mais de dois anos por força das condições de vida que perdeu, mas continua a lutar por melhorias em Moçambique.

“Sou uma das moçambicanas nascida e criada. Só saí depois dos 36 anos. É penoso, é difícil, queríamos muito poder estar lá, mas acredito que mesmo à distância nós podemos fazer a diferença”, conta uma de participantes na manifestação. 

Largaram o sentimento de impotência perante os relatos que chegam todos os dias do país. Juntaram-se, assim, para serem a voz de quem a vai perdendo por lá.  Iniciaram com orações seguidas de um minuto de silêncio pelas mortes registadas em manifestações por todo o país. Já ascendem as 40. Começaram depois passo a passo a marcha que quis dar força a familiares e amigos que estão em Moçambique.

“Nós estamos a mandar cartas para várias instituições, para o Governo e para o Parlamento (…) [Queremos que o Governo português] faça uma pressão no Governo moçambicano para que haja uma averiguação das próximas eleições porque o que nós esperamos é que eles façam o certo que é anular as eleições atuais”, explica Nelson de Melo, organizador da manifestação.

No fim, as mais de 50 pessoas da comunidade em Portugal esperavam uma palavra de um representante ou do governo frente à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa. Ninguém apareceu, mas não baixaram os braços e pediram mais alto por justiça.

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