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Covid-19: vacinação de crianças abaixo dos 11 anos arranca a 18 e 19 de dezembro

Consulte aqui o calendário de vacinação.

Lisa Leutner

SIC Notícias

A vacinação contra a covid-19 de crianças entre os 5 e os 11 anos em Portugal arranca no fim de semana de 18 e 19 de dezembro, anunciou esta sexta-feira o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

"Portugal iniciará a vacinação das crianças abaixo dos 12 anos no fim de semana de 18 e 19 de dezembro. Esta é uma decisão que resulta da recomendação da Direção-Geral da Saúde, ouvida a Comissão Técnica de Vacinação e ponderadas as questões de natureza logística com o núcleo de coordenação de apoio ao Ministério da Saúde, nomeadamente a disponibilidade de vacinas", adiantou Lacerda Sales em conferência de imprensa, em Lisboa.

Segundo disse o governante, a vacinação dessa faixa etária vai arrancar com as crianças mais velhas, de 11 e 10 anos, descendo progressivamente até aos 5 anos.

"A 18 e 19 de dezembro serão vacinadas as crianças de 11 e 10 anos, podendo também ser vacinadas algumas de 9 anos. A 6, 7, 8 e 9 de janeiro - quinta, sexta-feira, sábado e domingo - serão vacinadas crianças entre os 9 e os 7 anos", adiantou o secretário de Estado.

De acordo com Lacerda Sales, a 15 e 16 de janeiro será a vez das crianças entre os 6 e os 7 anos, enquanto a 22 e 23 de janeiro serão vacinadas as crianças de 5 anos.

Entre 5 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses, altura em que ficará o esquema vacinal completo para esta faixa etária, estima o Governo.

O secretário de Estado anunciou ainda que, a partir de segunda-feira, estará aberto ao autoagendamento para a toma da vacina e que as crianças com comorbilidades terão prioridade na vacinação, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica.

Nestes casos, basta que se dirijam aos centros de vacinação, explicou Lacerda Sales, adiantando que nestes dias não haverá vacinação de adultos nestes centros, com o objetivo de "criar condições para que o processo decorra com tranquilidade".

"Temos um plano, temos logística, temos excelentes profissionais de saúde e confiança para o aplicar", garantiu ainda o secretário de Estado.

Segundo referiu, com esta vacinação, pretende-se "proteger as crianças da doença", mas também dos "efeitos nefastos" que esta pandemia representa ao nível do seu bem-estar emocional e social e nas suas aprendizagens.

Durante estes dias, "não haverá vacinação de adultos para que a operação decorra com normalidade", disse Lacerda Sales.

Questionada sobre o tempo entre as duas doses, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que o intervalo de seis a oito semanas foi recomendado pela comissão técnica.

Nos dias em que forem vacinadas as crianças, não haverá vacinação de adultos. O objetivo é tornar o processo mais tranquilo.

A DGS publicou entretanto o parecer sobre a vacinação de crianças, que pode consultar aqui.

Esta divulgação pretende que os "pais das 600 mil crianças destas idades tenham acesso à informação com rigor, com transparência e com verdade", disse Lacerda Sales.

Questionada se a vacinação dos mais novos se poderá traduzir numa flexibilização das orientações para as escolas, incluindo no que respeita às situações de isolamento, Graça Freitas não rejeitou essa possibilidade, mas ressalvou que há outros fatores a ter em conta e, por isso, não é o momento adequado.

"A vacinação pode modelar os períodos de isolamento, tornando-os mais curtos, como já fizemos para outras faixas etárias e não será diferente nesta. Mas temos de ter sempre em atenção o patamar epidemiológico em que nos encontramos em cada momento", explicou, acrescentando que, atualmente, a situação epidemiológica é intensa e crescente.

Por outro lado, a diretora-geral da Saúde assegurou ainda que não haverá qualquer discriminação entre crianças vacinadas e não vacinadas, dentro ou fora da escola.

Relativamente às regras para as escolas, o referencial da Direção-Geral da Saúde publicado no início do ano letivo já previa as mesmas medidas para todos, numa altura em que estavam vacinadas as crianças e jovens a partir dos 12 anos, independentemente do seu estado vacinal.

Questionada sobre as situações em que, atualmente, é exigida a apresentação de um teste negativo a quem não tenha certificado de vacinação, Graça Freitas recordou que as crianças até aos 12 anos estão dispensadas e afirmou que continuarão a estar.

"Não estão previstas sanções de nenhum tipo para crianças que não estejam vacinadas, tem sido sempre assim. Nunca impedimos uma criança não vacinada contra o sarampo (...) de entrar onde quer que seja", acrescentou.

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