A ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, deu esta quarta-feira oficialmente entrada com um processo em tribunal contra a TAP. A antiga presidente executiva da companhia aérea pede 5,9 milhões de euros de indemnização.
Para José Gomes Ferreira, da SIC, esta ação da antiga CEO da TAP não é surpreendente, devido à inevitabilidade de uma "guerra jurídica" nos tribunais com um pedido de indemnização.
"Nessa altura foi analisado pelos especialistas do setor, que esse pedido de indemnização devia versar-se sobre duas componentes: uma, que tinha a ver com os resultados obtidos até à altura da saída. Mais a outra parte, que seria os vencimentos até março de 2026, a data que iria terminar o contrato, que foi bruscamente interrompido. Estes 5,9 milhões de euros pedidos são uma estratégia negocial para poder acomodar uma margem, para descer e receber por volta de três milhões", considerou.
José Gomes Ferreira antecipa desde já que este assunto irá voltar a ser tema na atualidade, devido às diferentes perspetivas dos intervenientes.
"Toda esta matéria vai voltar às páginas da atualidade, porque na altura foi posta a questão da sustentabilidade jurídica da decisão dos despedimento. Fernando Medina fez questão logo de dizer que não andava à procura de outro parecer. Mas na perspetiva de quem foi despedido, o entendimento é outro", concluiu.