TAP: o futuro e as polémicas

"Mas quem é que está a gerir a TAP?", questiona presidente da Confederação do Turismo

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal diz-se preocupado com a atual situação da TAP.

ANDRÉ KOSTERS / LUSA

Ana Lemos

Em entrevista à TSF e Dinheiro Vivo, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifesta-se preocupado com a situação da TAP. Francisco Calheiros defende que a companhia está em “autogestão” e assume que tem recebido reclamações ligadas à operação da empresa.

“A TAP está em autogestão. Recebi esta semana várias reclamações de associados sobre situações inacreditáveis que estão a acontecer na TAP porque temos uma presidente demissionária que ainda continua e um presidente que ainda não entrou”, destaca.

Francisco Calheiros sublinha que “a TAP precisa de paz” e se, acrescenta, “é uma empresa extremamente complicada de gerir não faz sentido neste momento não haver um CEO”.

“Mas quem é que está a gerir a TAP? Tem que haver uma pessoa responsável” e, concluiu o presidente da CTP “não é só há uma semana” que a companhia aérea está nesta situação.

Recorde-se que no passado dia 6 de março, na sequência do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o Governo decidiu exonerar a CEO e o chairman da TAP.

À data, em conferência de imprensa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, sustentou que apesar dos "bons resultados da atual equipa de gestão na implementação do plano de reestruturação”, é tempo, disse, de “virar de página” e "de recuperar os laços de confiança entre a empresa e o país".

“O Governo toma as decisões que considera necessárias para o bom funcionamento da TAP e para um virar de página. A TAP sofreu com este episódio não só uma questão de legalidade”, apontou Fernando Medina para justificar a exoneração do chairman e da CEO da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, respetivamente.

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