Marcelo Rebelo de Sousa garante que a ideia de alterar o plano de voo da TAP, em março, “foi desmentida pelo Chefe da Casa Civil à própria CEO da TAP no dia 11 de fevereiro”.
Em declarações exclusivas à SIC Notícias, o Presidente da República diz que “nunca lhe passaria pela cabeça mudar um voo de 200 pessoas”.
Marcelo sublinhou que “foi encontrada uma alternativa, num outro voo regular da TAP, um dia antes”, o que fez com que o Chefe de Estado regressasse a Lisboa no dia 21 de março.
Governo terá pressionado CEO da TAP a mudar voo de Marcelo
O ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, terá pressionado a CEO da TAP a mudar o voo do Presidente da República, que estava em Maputo, em Moçambique, e de regressar a Portugal. Christine Ourmières-Widener afirmou na comissão de inquérito desta terça-feira que não cedeu e que o "Presidente encontrou outra solução".
A CEO da TAP recebeu um e-mail do ex-secretário de Estado das Infraestruturas com o assunto "PR e Delegação - Viagem Oficial a Maputo". O assunto foi trazido à mesa pela Iniciativa Liberal na comissão de inquérito desta terça-feira.
Hugo Mendes pediu a Christine para alterar o voo do Presidente da República. A CEO da TAP explica que confirmou "se era um pedido que vinha diretamente da Presidência ou se era outra pessoa a pedir isso, sem confirmar que era algo que vinha diretamente da Presidência".
O secretário de Estado sublinhou que “não podemos perder o apoio político do Presidente da República”, que tem sido defensor da companhia aérea portuguesa.
“Se o seu humor muda tudo está perdido. Uma frase sua contra a TAP, o Governo e o resto do país fica contra nós. Não estou a exagerar. É o nosso maior aliado, mas pode tornar-se no nosso pior pesadelo”, lê-se.