O líder do Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, diz que prefere eleições do que estagnação. Rui Rocha diz que a AD está aproximar-se do Partido Socialista (PS) nas propostas para o Orçamento do Estado sobre impostos, que considera serem um mau caminho para o país.
O liberal acusa o Governo de se “encostar” ao Partido Socialista, o que faz com que o país mantenha os “níveis de estagnação”.
“Uma coisa é baixar impostos, outra coisa, que é o que o PS quer, é não baixar impostos e continuar a aumentar a despesa. Se for para isso, se a cedência que a AD vier a fazer levar para uma visão que tem mais despesa e menos redução de impostos é um mau caminho para o país”, afirma, acrescentando que, nesse caso, a IL prefere ir a eleições.
Rui Rocha apresentou esta quarta-feira um pacote de cinco propostas para o Orçamento do Estado apresentadas numa conferência de imprensa em Lisboa.
Uma das propostas do partido é "privatizar, liquidar ou subconcessionar" um conjunto de empresas no setor empresarial do Estado, entre as quais a TAP, a RTP, o Circuito do Estoril, a Companhia das Lezírias, a INAPA ou as ações do Novo Banco.
Outra das medidas apresentadas por Rui Rocha é reduzir a administração consultiva do Estado, salientando que existem "cerca de 400 organismos entre comissões, conselhos, observatórios, equipas de missão, 'task-forces'".
"O que a IL propõe é que se faça um levantamento exaustivo de todos estes organismos e que, relativamente a todos eles, se faça uma análise sobre a sua utilidade, que as sobreposições e duplicações sejam eliminadas e que os organismos, de entre estes, que há seis meses pelo menos não têm atividade, sejam extintos", diz.
Rui Rocha refere que, com esta proposta, "apostaria pelo menos numa redução do 25% a 30% destes organismos", apesar de ressalvar ser um "número limitado na sua capacidade de previsão, pela própria incapacidade do Estado ter dados fiáveis relativamente a este ponto".