A questão que se coloca desde logo é: Porquê tão cedo? ”Porque assim fica claro que não ando atrás dos resultados. O meu projeto foi apresentado muito antes de se saber se o Benfica iria ganhar ou perder na época passada”, sublinha.
João Diogo Manteigas garante conhecer em detalhe os bastidores do Benfica e aponta críticas a presidentes anteriores. Sobre João Vale e Azevedo, recorda:
“Queria beneficiar do meio do futebol, mas também beneficiou muita gente. Basta recordar o caso Ovchinikov. A quem é que o Benfica vendeu o Ovchinikov e a quem é que o Alverca passou dois cheques em branco pelo Ovchinikov?”
O advogado aponta responsabilidades a Luís Filipe Vieira, então dirigente do Alverca. “Não era só Vale e Azevedo que estava no meio do negócio. Também estavam Luís Filipe Vieira e o agente Paulo Barbosa.”
"Não pretendo continuar com Mário Branco. É um cargo de confiança, tenho as minhas pessoas”
O candidato à presidência do Benfica tem vindo a revelar os nomes que pretende para a sua equipa e assegura já ter dois elementos preparados para a direção desportiva.
Em caso de vitória nas eleições de 25 de outubro, a sua estratégia não passa por manter alguns dos responsáveis contratados pela atual direção, como é o caso de Mário Branco. O diretor-geral chegou ao clube no último mercado de verão.
“Mário Branco é bem-falante, tenho boas referências sobre ele. É verdade que nunca fica muito tempo num clube, mas isso faz parte da profissão. Compreendo a sua contratação numa ótica de futuro, caso Rui Costa ganhe as eleições. Se eu continuaria com ele? Não. É um cargo de confiança e tenho as minhas pessoas”
"Benfica não tem projeto desportivo. Basta ver a quantidade de jogadores que entram e saem”
Antes ainda da saída de Bruno Lage, João Diogo Manteigas já se mostrava disponível para trabalhar com o treinador que estivesse ao comando do Benfica. Mas, para o candidato à presidência, o problema do clube vai muito além do banco.
“O Benfica não tem projeto desportivo. Basta ver a quantidade de jogadores que entram e saem todas as épocas. Não há qualquer estabilidade”
A aposta na formação é outro dos pontos que o advogado questiona.
“O Benfica não pode andar a bater no peito e a dizer que é um clube formador porque vende muitos jogadores da casa. Mas usa-os ou não? Das duas, uma: ou afirma que a formação é para fazer mais-valia ou então põe os miúdos a jogar na equipa principal”, sublinha.