Guilherme Duarte apela à adoção responsável de animais. Foi ao participar num vídeo para uma campanha de alerta para o abandono de animais que o humorista decidiu dar esse passo. O “pai” da Zaya sempre gostou de cães, mas ficou rendido à cadela pitbull e à necessidade de ajudar um animal que, por ser de uma raça considerada perigosa, dificilmente seria adotado.
O humorista Guilherme Duarte apresenta-se como engenheiro informático, nascido na Buraca, que se apercebeu que fazer humor era a melhor forma de desarmar assaltantes.
A gravação do vídeo da campanha para o qual foi desafiado pela SOS Animal fez com que contactasse de perto com animais num abrigo para animais abandonados, uma realidade à qual foi impossível ficar indiferente.
“Tinha mais ou menos uma ideia, já tinha visitado um há uns tempos um amigo meu, mas ali custou mais, foi muito tempo, estava a filmar o tempo todo, parado a olhar para eles (…) Vês ali muita tristeza, saí de lá um bocadinho abalado, não foi nada fácil”.
“Ainda penso muitas vezes num que estava lá, na mesma ala da Zaya, com um ar miserável e triste. Essa imagem vem-me muitas vezes à cabeça. Também penso nos outros todos que estão ali, que a maioria não vai ser adotada, é impossível”.
“Máquinas de amor incondicional”
O decisão de adotar Zaya surgiu pelo gosto pelos animais e pela consciência de que é preciso ajudar, em especial cães de uma raça geralmente rejeitada.
“Na altura, disseram-me que naquela ala, nos últimos dez anos, só tinham sido adotados dois. Portanto, isso ainda me fez pensar que se calhar os outros ainda teriam alguma hipótese e ela seria deixada para o fim”.
Guilherme Duarte conta que desde pequeno quis ter um cão. "Sinto-me completo quando tenho um cão, gosto da companhia de ter um cão. Gosto de estar em casa e que ela venha para ao pé de mim, gosto de brincar com ela. O custo-benefício, porque obviamente que é uma responsabilidade grande, (…) sendo um cão que estava num canil e que ia passar ali a vida em sofrimento, ainda compensa mais ter um cão porque, acima de tudo, são máquinas de amor incondicional".
“Por Ladrar Noutra Coisa - Diário de uma Bitch”
A Zaya inspirou um livro, um diário de uma cadela que foi resgatada de um canil, “em que ela reflete sobre a humanidade, sobre como são as pessoas, os seres humanos e como é que um cão vê as nossas manias e idiossincrasias”.
Parte das vendas do livro de Guilherme Duarte “Por Ladrar Noutra Coisa - Diário de uma Bitch”, revertem a favor da associação SOS Animal.
Outras histórias de adoção responsável
No segundo episódio do programa “SOS Animal - Ser Por Todos os Seres”, ficamos também a conhecer o trabalho do Centro de Recolha Oficial de Animais de Santarém (CROAS) e a história de adoção da Chaia, do resgate da Amêndoa e de muitos outros animais que aguardam ansiosamente por uma adoção responsável.
Este episódio vai ainda aos Açores para saber mais sobre a proteção dos oceanos.
O programa, apresentado por Sandra Duarte Cardoso, tem como objetivo sensibilizar o público para a importância do bem-estar animal e da proteção da natureza, destacando histórias de superação e cuidado animais em situações de vulnerabilidade bem como iniciativas de conservação de ambiental.