O meu pai não o fez, sempre adorou animais. Levou-a para Lisboa e como não teve coragem de a dar à amiga naquelas condições, trouxe-a até mim, pois não sabia o que fazer com ela.
Nessa noite, quando ela chegou, ainda tentei dar-lhe um banho e desinfestá-la, mas as carraças eram tantas que não consegui. Ela cabia na palma da minha mão, era um bebezinho indefeso.
No dia seguinte levei-a à veterinária e só com um produto para matar carraças e pulgas é que conseguimos livrá-la daquele martírio.
Anos mais tarde a veterinária confessou-me que nunca pensou que ela sobrevivesse, estava com uma grande anemia e muito fraquinha.
A verdade é que ela sobreviveu e foi sempre muito saudável. Foram 17 anos de felicidade que tivemos juntas, foi a melhor amiga e companheira. A Princesa, assim se chamava, morreu o ano passado, mas continuará sempre viva no meu coração. A cadela que não era para mim, estava destinada a sê-lo!
Texto enviado por Sofia Beires
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