Entre 6.000 a 7.000 atletas vão participar na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Uma delas é a velocista francesa muçulmana Sounkamba Sylla, que, na passada quarta-feira, denunciou ter sido excluída da cerimónia desta sexta-feira (a partir das 18h30, em Portugal) por usar hijab.
“Foste selecionada para os Jogos Olímpicos, organizados no seu país, mas não podes participar na cerimónia de abertura porque usas um lenço na cabeça”, publicou Sylla, na sua conta de Instagram.
Boné é solução
O Governo de França e os responsáveis pelos Jogos Olímpicos passaram os últimos dias a delinear uma solução que não exclua a atleta e, ao mesmo tempo, cumpra as leis do país - que proíbem os competidores de usar símbolos religiosos.
A poucas horas da cerimónia de abertura, a ministra do Desporto francês, Amelia Oudéa Castéra, afirmou que “o problema foi resolvido”: o hijab continua proibido, mas Sylla poderá participar usando um boné, alternativa que a atleta aceitou.
De acordo com a Human Rights Watch, muitas autoridades desportivas francesas proibiram as mulheres de usarem véus religiosos, nomeadamente no futebol, basquetebol, judo e boxe. Os atletas estrangeiros não são afetados por estas instruções.
O Comité Olímpico Internacional (COI) não tem regras contra o uso de véus religiosos.
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