A entrada no edifício do Supremo Tribunal Federal do Brasil ainda não é possível, mas os repórteres da SIC, Bruno Castro Ferreira e José Silva, mostram, a partir do exterior, o grau de destruição no interior.
Muitos dos vidros do edifício, que têm mais de um centímetro de espessura, estão partidos. Uma das divisões que é possível ver a partir da rua é o Salão Branco, onde se costumam realizar cerimónias mais informais.
As obras de arte, que estavam nas paredes, foram arrancadas, é possível ver-se impressoras no chão e os armários onde se guardam as togas dos ministros foram também remexidos.
Avançando pelo exterior do edifício, chega-se à Sala do Plenário, onde cadeiras, mesas e câmaras foram arrancadas. No seu interior ainda estão algumas das grades utilizadas para partir vidros.
Já na entrada principal encontravam-se diversas estátuas em bronze que foram arrancadas pelo invasores. Segundo o relato do repórter da SIC, os próprios funcionários não conseguem perceber como tal aconteceu.
Este é, atualmente, o cenário caótico possível de encontrar num dos locais mais simbólicos e importantes da nação brasileira.
A destruição no Supremo Tribunal em fotografias
Neste momento, a entrada no edifício está restrita à polícia e ao staff do Supremo Tribunal Federal. Este está a realizar uma avaliação dos estragos, assim como um uma espécie de reportagem fotografia para registar o estado em que ficou o local.
Da invasão resultou um panorama de absoluto caos e as imagens que chegam do Brasil retratam a brutalidade dos atos de vandalismo.
Pela lente do repórter Bruno de Castro Ferreira, é possível ter a perceção do quão danificadas ficaram as instalações do Supremo Tribunal Federal. Vidros partidos, paredes pintadas, câmaras de vigilância arrancadas e várias peças de arte e materiais informáticos destruídos.
Veja aqui as imagens:
O Supremo Tribunal Federal do Brasil é um dos edifícios na Praça dos Três Poderes, onde estão concentrados os poderes legislativo, executivo e judiciário. A circulação já foi reaberta, mas o reforço policial é, nesta altura, bastante forte.
No domingo, milhares de manifestantes invadiram os três principais edifícios da democracia brasileira e deixaram para trás um cenário de total destruição.
A Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde se encontram as sedes do Parlamento, da Presidência e do Supremo Tribunal Federal do Brasil, foi alvo de uma invasão por parte de vários milhares de radicais pró-Bolsonaro, que tentaram derrubar o recém-empossado Presidente Lula da Silva.
Desta invasão resultaram 1.500 detenções e um rasto de destruição inimaginável.
A Polícia Federal brasileira informou que cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem dos atos antidemocráticos, na maioria idosos com mais de 65 anos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbidades graves, foram libertadas para responder em liberdade.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.