Incêndios em Portugal

Governo e PS trocam acusações sobre aquisição de aviões Canadair para combate aos incêndios

O Governo vai propor alterações à organização dos comandos de combate a incêndios. O Ministro da Defesa acusa o líder do PS de mentir sobre a responsabilidade pela compra dos aviões Canadair.

Inês Timóteo

Frederico Correia

Conceição Ribeiro

Frederico Pinto

Gonçalo Soares

Enquanto as chamas ainda lavravam, reacendeu-se o debate político sobre qual foi o Governo que teve, afinal, a responsabilidade de adquirir dois novos aviões Canadair.

O Ministro da Defesa veio até ao Facto Político, na SIC Notícias, acusar o líder do PS de andar a mentir. O Governo de António Costa sinalizou à União Europeia, em 2022, a compra de dois aviões Canadair que estariam aptos, no limite, até 2029.

O Governo de Luís Montenegro assinou o contrato de aquisição em julho do ano passado. Nuno Melo garantiu também que os aviões C-130 da Força Aérea vão estar aptos para os incêndios no próximo ano.

No horizonte, o Governo prepara também mexidas na organização do comando de combate aos fogos.

O Secretário de Estado da Proteção Civil esteve reunido com autarcas do interior, em Aguiar da Beira, onde também esteve o Presidente da Proteção Civil, José Manuel Moura, que defendeu, no jornal Expresso, que a organização dos meios no terreno deve ser distrital e que não faz sentido, num país com 18 distritos, existirem 29 comandos, divididos por regiões e sub-regiões.

Nas alterações propostas pelos partidos, o Chega quer proibir a exploração de negócios nas áreas ardidas durante 10 anos e aumentar as penas para incendiários, equiparando-os a terroristas. Mesmo assim, André Ventura vai em frente, correndo o risco de esbarrar outra vez nos juízes do Palácio Ratton.

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