Incêndios em Portugal

"Apoios às vítimas dos incêndios? Vai haver um controle à fraude e abuso que alguns vão tentar fazer"

Na Grande Edição, da SIC Notícias, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, afirmou que está definida a natureza dos fundos a aplicar, mas referiu que o Governo quer evitar o que se passou na distribuição de apoios nos incêndios de 2017.

SIC Notícias

Já foi publicado o decreto-lei que permite acelerar as ajudas do Estado às pessoas afetadas pelos incêndios. Avançam subsídios para garantir a subsistência, recuperar as habitações e apoiar os agricultores.

Na Grande Edição, da SIC Notícias, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, explicou que está definida a natureza dos fundos a aplicar, referindo que os apoios à sobrevivência "serão imediatos".

"Há um guião para a quantificação de prejuízos. Nós temos muita pressa para fazer as coisas mas isto tem de ter uma ordem. Quando for feito o levantamento, vamos definir a quantidade dos apoios", começou por dizer.
"Terminado esse levantamento, eu diria que em poucos dias estaremos a colocar os apoios no terreno. Estou convencido que no início de outubro vamos ter condições de definir a natureza dos apoios, porque aqueles para a sobrevivência das pessoas são imediatos", acrescentou.

Castro Almeida disse que o Governo irá ter um controle sobre os pedidos de apoios, afirmando que será necessário ter a humildade e coragem para repetir o que correu bem em 2017 e a ousadia e ambição para corrigir o que correu mal.

"Vamos ter um controle à fraude e abuso que alguns serão tentados a fazer. Temos de ter a humildade e coragem para repetir o que correu bem em 2017 e a ousadia e ambição de corrigir o que correu mal", apontou.

Sete pessoas morreram e 166 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

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