Incêndios em Portugal

Marcelo recusa “tentação da facilidade” e declara “solidariedade estratégica” com o Governo

O Chefe de Estado presidiu, esta terça-feira, a uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, para responder aos grandes incêndios que estão a atingir o país.

Rita Carvalho Pereira

O Presidente da República elogiou o Governo por não ter uma “mensagem facilitista” em relação à resposta aos incêndios que atingem o país. Marcelo Rebelo de Sousa fez, esta terça-feira, uma declaração de “solidariedade estratégica” com o Executivo.

Em conferência de imprensa, no Palácio de São Bento, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, presidida pelo Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que a próxima noite e os próximos dias ainda podem trazer muitas dificuldades, no que diz respeito ao combate aos fogos.

"Não podemos ter a tentação da facilidade. Não podemos garantir que não tenha ainda a projeção daquilo que foi vivido nos últimos dias”, alertou.

O Presidente da República considera, por isso, que foi “bom” que o primeiro-ministro não tivesse tido uma “mensagem facilitista” em relação à situação - apesar de esperar que, no final da semana, “estejamos muito longe do que foi vivido no inico da semana”.

Após esta reunião do Conselho de Ministros, o chefe de Governo anunciou a elevação a estado de calamidade em todos os munícios que estão a ser afetados pelos incêndios. Foi também revelado que serão eliminados os constrangimentos legais para que a administração pública possa estar disponível para as operações nos próximos dias e que será criada uma força de investigação criminal para apanhar quem ateie fogos.

O Presidente da República disse, desde logo, concordar com as deliberações do Conselho de Ministros. Uma solidariedade que, frisou, não é meramente institucional.

“Não é uma mera solidariedade institucional. Não. É uma solidariedade estratégica”, referiu.

E a estratégia do país para os próximos dias, defendeu o chefe de Estado, deve ser a união.

“Estamos todos juntos. Na mesma causa. Uma causa nacional”, concluiu.

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