Incêndios em Portugal

Mais de 250 bombeiros morreram em serviço nos últimos 44 anos

Este ano, foram registadas cinco mortes, quatro delas nos últimos três dias. O ano de 2019 foi o único em que não foi contabilizada qualquer morte de um bombeiro em serviço.

MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

Lusa

Nos últimos 44 anos, morreram em serviço 254 bombeiros, segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Os dados enviados à Lusa indicam que o ano com o maior número de bombeiros mortos foi em 1985, com 19 óbitos, dos quais 14 ocorreram num incêndio em Armamar, no distrito de Viseu. Emsentido contrário, a LBP refere que, nas últimas quatro décadas, 2019 foi o único ano de exceção, não tendo contabilizado qualquer morte.  

Desde janeiro deste ano até agora já foram registadas cinco mortes, das quais quatro aconteceram entre domingo e esta terça-feira. 

Antes, no domingo, um bombeiro da corporação de São Mamede de Infesta (Matosinhos) havia sido vítima de morte súbita, na pausa para refeição no combate que travava contra o incêndio que lavra na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis. 

De acordo com a LBP, além de 1985, foram contados mais seis anos com o número de mortes a ultrapassar a casa dos dois dígitos. Em 1986 e 2005 foram assinalados 16 óbitos e em 1996 registados 13, enquanto em 1989, 1998 e 2013 contabilizados 10. 

A LBP acrescenta que em 1995 foram registados nove mortos, em 2007 e 2020 oito, em 1990, 1994, 1997, 1999, 2000, 2006 e 2010 sete, em 1991, 2011 e 2012 seis, em 1980, 1981, 1982 e 1992 cinco, em 1988, 2003 e 2009 quatro, em 1984, 2008, 2017 e 2022 três, em 2002, 2004, 2014, 2015, 2016, 2018 e 2021 dois e em 1983, 1987, 1993, 2001 e 2023 um.

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